Shopping Cart
Your Cart is Empty
Quantity:
Subtotal
Taxes
Shipping
Total
There was an error with PayPalClick here to try again
CelebrateThank you for your business!You should be receiving an order confirmation from Paypal shortly.Exit Shopping Cart

MÉDIUM "PART-TIME"?!

Essa é Ana. Ana tem 28 anos; é carioca, casada com João, mãe de Bento, formada em Direito, sócia em um escritório de advocacia, portelense desde menina; torce pelo Botafogo... Mas é muito importante que fique bem claro que Ana é isso tudo 24h por dia, 365 dias por ano (ou 366 a depender do ano... Mas mesmo assim, depois desses 365 ou 366 dias, a única coisa que ela muda é a idade! O resto, continua tudo igual!). Ou seja, ela é tudo isso o tempo todo, "full-time". Mesmo fora do Rio, Ana continua sendo carioca; ela continua sendo mãe do Bento mesmo quando o deixa na creche pela manhã; sendo advogada mesmo no fim de semana e na praia; e sendo torcedora da Portela mesmo quando não é carnaval! Verdade! Acredite!...


O que você acabou de ler no parágrafo anterior parece óbvio, né?! Assim sendo, também é óbvio que se Ana é médium - e, por acaso, ela é, num terreiro de Umbanda! - ela é médium todo o tempo também, certo?! Pois, assim como acontece com o fato dela ser mãe, esposa, advogada, portelense, botafoguense, não dá para ser médium só uma parte do tempo, só quando se está dentro do terreiro, só de vez em quando, só "part-time".


Porém, infelizmente, parece que, quando se trata de mediunidade, a obviedade dessa afirmação some! Muitas Anas por aí que, aparentemente, se esquecem de suas responsabilidades como médiuns “full-time” que são - ou, ao menos, deveriam ser! E agem como se o mundo espiritual só existisse da porta do terreiro para dentro e só nos dia de trabalho no terreiro.


Falo não das responsabilidades materiais (que são também muito importantes!) que elas têm para com a Casa que frequentam, mas refiro-me aqui especialmente à sua responsabilidade sobre as energias que as envolvem e com as quais se envolvem. “Só” isso. Na parte de seu tempo em que não estão no terreiro, esquecem-se da regra básica, repetida à exaustão pelas Entidades sérias: orar e vigiar; esquecem-se que seus pensamentos são energia e que atraem energias afins.


Médiuns do tipo "part-time" dão trabalho extra para as Entidades - não só para as suas, mas para todas as que trabalham com o grupo do qual esse médium faz parte - ; pois os Seres de Luz precisam (re)equilibrá-los antes de poder contar com sua ajuda nos trabalhos, já que esses médiuns acabam se tornando presas fáceis de suas auto-obsessões e também de obsessores externos.


Imaginem essa cena: tudo pronto no hospital para se dar início a uma operação em um paciente: ambiente esterilizado, luz adequada, equipamentos e instrumentos tinindo, a equipe toda lá concentrada - toda não, só falta chegar a enfermeira Ana! E ela chega faltando 5 minutos para o início da cirurgia - “Ai, ainda bem que deu tempo! Ninguém vai poder reclamar que eu cheguei atrasada!” ela ainda pensa ao adentrar o centro cirúrgico com certa pressa. Ana chegou antes da hora de início marcada, mas não com a antecedência necessária para se preparar. Não deu tempo nem amarrar o cabelo direito - parte dele estava saindo por baixo da touca -, quanto mais seguir todos os protocolos para a cirurgia! “Mas vamos que vamos!”, pensou ela. E na sua afobação, sem querer, derrubou no chão a bandeja com os instrumentos. E, nervosa com o ocorrido, teve um pico de pressão e desmaiou... O médium “part-time”, assim como a enfermeira Ana, “agita” o ambiente que estava pronto, exige da equipe médica atendimento para si primeiro, e, com isso, atrasa o atendimento do paciente.


A essa altura, você talvez esteja se perguntando: “não seria mais fácil os Dirigentes materiais ou a Cúpula Espiritual da Casa tirar da corrente esse médium?” Certamente essa pode vir a ser uma possibilidade, mas uma expulsão tempestiva desse médium faria com que o objetivo primeiro da “Escola da Vida” - a evolução espiritual ativa de TODO filho de fé - não fosse alcançado.


Uma escola busca oferecer oportunidades de aprendizado de forma a ajudar o aluno a evoluir. Ao mau aluno, devem, primeiramente, ser dadas novas oportunidades de aprender, de repetir as lições, de fazer mais exercícios... E no caso da Umbanda - a nossa Escola da Vida -, a providência de Zâmbi é tão grande, que se vale ainda desse “mau aluno” para criar oportunidades para que toda a turma aprenda também.


Assim, só ao final de algumas muitas novas tentativas e não sendo demonstrada, por parte do aluno, a existência do ingrediente fundamental para o aprendizado e a evolução, que é a sua vontade ativa em aprender, e ainda, caso haja o risco real dele prejudicar a turma, o seu afastamento se torna uma opção.


Médiuns “part-time” são maus alunos, pois não colocam em prática os aprendizados que recebem. Principalmente quando estão fora do terreiro! Esperam que OS OUTROS sigam as orientações dadas - às vezes, pelas próprias Entidades que, com esforço, trabalham com eles! E, muitas vezes, exigem que OS OUTROS sejam melhores, se esquecendo que a sua evolução pertence única e exclusivamente a si mesmo. Se os outros ajudam ou atrapalham, é uma escolha sua. Um exercício que precisa ser praticado todo o tempo, o tempo todo.


Que Zâmbi, em sua infinita doçura, permita que seus Seres de Luz nos ajudem a pôr em prática os aprendizados que a Escola da Vida nos traz. Que possamos ser médiuns “full-time” sempre!